Promotor do MPSP sugere intervenção judicial no Corinthians
- Redação InfoTimão
- há 12 minutos
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Representação de Promotor do MPSP com 25 motivos para a intervenção judicial foi enviada à Promotoria do Patrimônio
O Corinthians voltou ao centro das atenções do Ministério Público de São Paulo. O promotor do MPSP Cássio Conserino, responsável pelas apurações criminais sobre o suposto uso indevido dos cartões corporativos do clube, encaminhou uma representação à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social sugerindo que o Timão seja colocado sob intervenção judicial. A informação foi publicada inicialmente pelo ge.globo e confirmada pelo InfoTimão.
De acordo com apuração do portal Meu Timão, o documento foi emitido há mais de uma semana e reúne 25 pontos que, na avaliação do promotor, justificariam a abertura de um inquérito ou o ajuizamento de uma ação civil pública. Por atuar exclusivamente na área criminal, Conserino não tem autoridade para pedir diretamente a intervenção. O promotor, por isso, remeteu o caso ao setor cÃvel, que neste momento avalia a viabilidade da medida.
A representação destaca situações consideradas graves, incluindo irregularidades envolvendo os cartões corporativos, caso que já resultou na denúncia do ex-presidente Andrés Sanchez, além de episódios como o desvio de materiais esportivos e citações à possÃvel atuação de grupos criminosos dentro do clube. Para o Ministério Público, os elementos apontam risco administrativo e patrimonial.
O que é uma intervenção judicial em um clube de futebol
A intervenção judicial é um mecanismo previsto na legislação brasileira para casos em que uma instituição apresenta indÃcios de irregularidades graves que comprometem sua gestão, transparência ou funcionamento. O instrumento pode ser aplicado a clubes, empresas, entidades ou fundações privadas.
Quando há sinais de má administração, violação estatutária, desvio de recursos ou ameaça ao patrimônio, o Ministério Público pode solicitar que a Justiça assuma temporariamente o comando da instituição. Caso o juiz considere que existem elementos suficientes, ele pode determinar:
Suspensão parcial ou total da diretoria
Afastamento dos dirigentes
Nomeação de um interventor com autoridade administrativa
Revisão de contratos e processos internos
Adoção de medidas urgentes para restabelecer a regularidade institucional
O interventor passa a tomar decisões diretas sobre a gestão até que o clube recupere condições adequadas de governança. Importante lembrar que a intervenção não representa declaração de culpa e não dissolve a diretoria. Trata-se de uma ação de caráter protetivo.
Durante o processo, os dirigentes afastados podem se defender e apresentar documentos. O controle retorna quando a Justiça considera que a instituição voltou a operar dentro dos princÃpios legais ou quando novas eleições são convocadas, se o estatuto exigir.
Contexto atual do Corinthians e possÃveis impactos
O Corinthians vive um dos perÃodos mais sensÃveis de sua história recente. A crise polÃtica que resultou no impeachment de Augusto Melo e na posse de Osmar Stabile abriu uma série de frentes investigativas. Somam-se a isso questionamentos sobre contratos, denúncias de desvios de materiais, relatórios sobre gastos corporativos e suspeitas sobre práticas internas consideradas irregulares.
A representação enviada pelo promotor do MPSP Cássio Conserino adiciona um novo elemento à instabilidade institucional do clube. Caso o pedido seja acatado, o Corinthians poderá ser submetido a um dos processos jurÃdicos mais severos aplicáveis a entidades esportivas no Brasil, com impacto direto na administração, no fluxo financeiro e no planejamento de médio prazo.
No momento, o Ministério Público segue avaliando o caso. A decisão judicial pode redefinir os rumos administrativos do clube em 2026.
O tema da intervenção judicial reacende o debate sobre governança, controle interno e responsabilidades administrativas no Corinthians. A investigação deve seguir em andamento nas próximas semanas e novos capÃtulos podem surgir a qualquer momento.
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