Corinthians inicia conversas com a Caixa para renegociar dívida da Neo Química Arena
- Redação InfoTimão
- há 3 dias
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A diretoria do Corinthians, sob comando do presidente Osmar Stabile, se reuniu nesta segunda-feira (22) com executivos da Caixa Econômica Federal para discutir uma possível mudança no contrato do financiamento da Neo Química Arena. O clube do Parque São Jorge busca substituir o modelo atual, que prevê Selic +2%, por um indexador atrelado ao IPCA.
Segundo a avaliação do Corinthians, a taxa vigente tem se mostrado prejudicial, já que os juros básicos da economia brasileira permanecem elevados. A reunião não resultou em proposta formal, mas abriu caminho para tratativas que podem aliviar significativamente os cofres alvinegros.
Dívida bilionária e cenário atual
Atualmente, a dívida do Timão com a Caixa pelo empréstimo utilizado na construção da arena está estimada em R$ 675,2 milhões.
Em 2025, o Corinthians já desembolsou R$ 60 milhões, referentes às parcelas de março e junho, e ainda terá outros dois compromissos no segundo semestre — setembro e dezembro. O acordo em vigor foi firmado em 2022 e prevê pagamentos trimestrais. Até aqui, já foram quitadas oito parcelas ao longo de 2023 e 2024.
Desde janeiro deste ano, além dos juros acumulados nos períodos de impasse judicial, o clube passou a pagar também parte do valor principal da dívida.
Pressão política e bastidores
Nos bastidores do Parque São Jorge, alguns aliados de Osmar Stabile defendem que o clube adote uma postura mais dura e suspenda os repasses para forçar a Caixa a renegociar. Essa linha de raciocínio ganhou força após declaração pública de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo Corinthiano, que sugeriu interromper os pagamentos.
Apesar da pressão, a apuração do InfoTimão mostra que a diretoria não pretende tomar qualquer decisão sem antes obter um posicionamento oficial do banco estatal.
Mobilização da Fiel: DoeArena
Paralelamente, a campanha DoeArena, organizada pela Gaviões da Fiel, já arrecadou quase R$ 41 milhões destinados diretamente à amortização do débito.
Embora o montante represente uma fração do total devido, a ação tem impacto real nas contas do clube. Apenas em 2025, a economia com redução de juros deve chegar a cerca de R$ 7 milhões. O movimento segue ativo e deve continuar até dezembro.
O que está em jogo na conversa com a Caixa
A renegociação com a Caixa pode redefinir o futuro financeiro do Corinthians e dar fôlego à gestão de Osmar Stabile em um momento de instabilidade política no clube.
A mudança no modelo de indexação da dívida tem potencial de gerar alívio imediato no fluxo de caixa, mas depende de um entendimento com o banco, que ainda não apresentou uma contraproposta.
Enquanto isso, a torcida segue engajada com a DoeArena, demonstrando, mais uma vez, o peso da Fiel na sustentação do clube.
Acompanhe todos os bastidores da dívida da Neo Química Arena e as negociações do Corinthians em InfoTimão.
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