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Augusto Melo tenta retomar presidência e gera tensão no Corinthians; Osmar Stabile reafirma permanência

  • Foto do escritor: Redação InfoTimão
    Redação InfoTimão
  • 1 de jun.
  • 3 min de leitura

O dia 31 de maio de 2025 ficará marcado como um dos momentos mais tristes e vexatórios da história centenária do Corinthians.
O dia 31 de maio de 2025 ficará marcado como um dos momentos mais tristes e vexatórios da história centenária do Corinthians.

Conflito de poderes agita sede do clube e mobiliza torcida organizada e autoridades


A noite de sábado (31) foi marcada por mais um episódio turbulento na política do Corinthians, com direito a embate institucional, presença de torcedores organizados e intervenção da Polícia Militar. O presidente afastado Augusto Melo tentou retomar o cargo, após uma manobra da conselheira Maria Angela de Sousa Ocampos, que declarou a nulidade de atos recentes do Conselho Deliberativo e o afastamento do presidente do órgão, Romeu Tuma Júnior.


O movimento, no entanto, foi rejeitado pelo atual presidente interino Osmar Stabile, que se manteve firme na função e repudiou o que chamou de tentativa ilegítima de retorno ao poder. O impasse elevou a tensão no Parque São Jorge, que precisou ser esvaziado em meio a outros eventos paralelos no local.


A origem da nova crise política no Corinthians


Tudo começou com a decisão de Maria Angela, primeira secretária do Conselho Deliberativo, que se declarou nova presidente do órgão. Baseando-se em um parecer da Comissão de Ética do próprio Conselho, ela decidiu anular os atos de Romeu Tuma Júnior desde 9 de abril de 2025, incluindo a votação que afastou Augusto Melo da presidência em 26 de maio.


A alegação é de que Tuma já estava formalmente afastado e que, com o vice-presidente Roberson de Medeiros em licença médica, ela seria a "herdeira" do cargo. Com esse respaldo, Maria Angela determinou o retorno imediato de Augusto Melo à presidência do clube.


Tensão no Parque São Jorge: torcedores, confronto e polícia


Pouco após as 18h30, Augusto Melo, acompanhado de apoiadores e conselheiros aliados, dirigiu-se ao quinto andar do Parque São Jorge, onde fica a sala da presidência. No local, Osmar Stabile já exercia sua função de presidente interino e se recusou a deixar o cargo, iniciando um impasse que duraria horas.


A situação se agravou com a chegada de membros da torcida organizada Gaviões da Fiel, incluindo o ex-presidente Metaleiro, que convocou torcedores nas redes sociais. Segundo relatos, portas foram arrombadas e aproximadamente 50 pessoas, entre torcedores, conselheiros, autoridades e seguranças, estiveram no local.


A Polícia Militar e o Batalhão de Choque foram acionados e ocuparam a sede social do clube. Além do caos político, o clube também realizava no mesmo horário uma formatura com cerca de 300 convidados e um evento oficial da Confederação Brasileira de Judô, ambos interrompidos por recomendação da segurança.


Augusto Melo se declara presidente novamente


Por volta das 21h, Augusto Melo deixou o quinto andar e falou brevemente com a imprensa. Ele afirmou que retornava legitimamente ao cargo, negando qualquer tentativa de golpe.

“Golpe nenhum. Foi o Conselho que me colocou de volta. É só cumprir o estatuto”, declarou Augusto, acrescentando que registraria um boletim de ocorrência contra Metaleiro por ameaça de morte durante a confusão.

Resposta de Osmar Stabile e aliados: permanência e repúdio


Em resposta ao episódio, Osmar Stabile se manteve firme no cargo e emitiu uma nota oficial de repúdio, destacando a gravidade da tentativa de retomada do poder e reiterando que o estatuto do clube não permite alterações como as pretendidas por Maria Angela sem aprovação do plenário.

“Não vou sair. Em hipótese alguma deixarei o clube. O Conselho me deu posse, e essa responsabilidade é minha”, afirmou Stabile à imprensa, reforçando que continuará no comando até a Assembleia Geral dos Associados, marcada para o dia 9 de agosto, data definitiva do julgamento de impeachment de Augusto Melo.

Outros dirigentes, como o vice-presidente Armando Mendonça e o ex-diretor jurídico Leonardo Pantaleão, também se manifestaram contra a ação, classificando-a como juridicamente nula.


Romeu Tuma Júnior vê tentativa como "golpe institucional"


O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, criticou duramente a atitude de Maria Angela e de Augusto Melo, qualificando o episódio como uma “tentativa de golpe institucional”.

“É inadmissível essa tentativa patética de golpe. O Corinthians não merece isso. Os responsáveis vão responder”, declarou Tuma em nota à imprensa.

Assembleia Geral decidirá futuro de Augusto Melo


Augusto Melo permanece afastado temporariamente após aprovação do Conselho Deliberativo. O desfecho da crise será conhecido no dia 9 de agosto, quando os sócios do clube votarão a manutenção ou reversão do impeachment.


Até lá, Osmar Stabile seguirá como presidente interino, inclusive representando o clube em compromissos como o jogo contra o Vitória, neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro.


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