Diretoria do Corinthians apresenta plano para quitar dívida de R$ 367 milhões em dez anos; entenda a proposta
- Redação InfoTimão
- 4 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de mar.

O Corinthians deu um passo importante para reorganizar suas finanças ao apresentar à Justiça de São Paulo um plano para o pagamento de R$ 367 milhões em dívidas. O documento foi enviado na última segunda-feira (29) e faz parte do processo de Regime Centralizado de Execuções (RCE), solicitado pelo clube.
As dívidas incluídas neste montante abrangem compromissos com empresários, fornecedores e jogadores (referentes a direitos de imagem), mas não contemplam débitos tributários nem o financiamento da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal.
Como Funciona o Plano
Para garantir o pagamento e manter a saúde financeira, o Corinthians propõe destinar mensalmente 4% de suas receitas recorrentes — como direitos de transmissão, patrocínios e outras receitas fixas — para quitar essas dívidas.
Além disso, o clube sugere que 5% do valor arrecadado com a venda de jogadores seja destinado a leilões reversos, com deságio mínimo de 30%. Nessa modalidade, os credores disputam quem oferece o maior desconto sobre a dívida para ter prioridade no recebimento.
A meta é ambiciosa: quitar 60% do valor total em seis anos. Para isso, o montante será corrigido pela inflação, acompanhando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Prioridade no Pagamento
Alguns credores terão prioridade nos recebimentos, como idosos, pessoas com doenças graves e aqueles com créditos inferiores a 60 salários-mínimos. Já os chamados "credores parceiros" — que continuarem a fornecer serviços ao clube após a adesão ao RCE — terão direito a 50% dos valores distribuídos em cada parcela.
Por exemplo, se os 4% das receitas recorrentes representarem R$ 2 milhões em um mês, R$ 1 milhão será dividido entre os credores parceiros, e o restante entre os demais credores.
O Endividamento Total do Corinthians
O clube também detalhou o panorama de suas dívidas:
R$ 817 milhões em dívidas tributárias;
R$ 677 milhões referentes ao financiamento da Neo Química Arena;
R$ 926 milhões em dívidas cíveis e trabalhistas, dos quais R$ 367 milhões estão sob o RCE.
Um Passo Rumo à Reestruturação
A diretoria corinthiana acredita que o plano trará maior previsibilidade para as despesas do clube, ajudando a eliminar bloqueios judiciais em contas bancárias e contribuindo para a tão necessária reestruturação financeira.
Agora, o documento aguarda a análise e aprovação da Justiça para que o plano possa ser colocado em prática.
Importância da Sustentabilidade Financeira
A organização das finanças e a redução das dívidas representam um passo fundamental para que o Corinthians possa se reestruturar e atuar de forma mais sustentável. Com uma gestão financeira equilibrada, o clube tem condições de voltar a ser cada vez mais competitivo e forte, tanto dentro quanto fora das quatro linhas, consolidando sua grandeza no cenário do futebol nacional e internacional.
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