Corinthians reforça defesa de plano no RCE e diz destinar 27% da receita ao pagamento de dívidas
- Redação InfoTimão

- 11 de set.
- 2 min de leitura

Quase dez meses após abrir o processo no Regime Centralizado de Execuções (RCE), o Corinthians ainda busca a aprovação definitiva de seu plano junto à Justiça. O clube argumenta que já destina 27% de suas receitas ao pagamento de dívidas e insiste na proposta de um prazo de dez anos para quitação, em contraponto às exigências de alguns credores que pressionam por condições mais rígidas. As informações são do ge.globo.
Divergências com credores no RCE
Um dos principais pontos de conflito é o percentual da receita comprometida. Credores como o empresário Walter Caetano defendem que o clube destine 20% de suas receitas ao plano, o que, segundo cálculos, permitiria a quitação das dívidas em apenas dois anos. O Corinthians, por sua vez, alega que esse percentual “representaria a inviabilização total de suas operações esportivas e sociais”.
Diante do impasse, o clube reforça a proposta de parcelamento em dez anos, com parcelas progressivas, como forma de tornar o plano exequível sem comprometer a manutenção do futebol e das atividades sociais.
Argumentos da defesa corintiana
Representado pelos advogados Elias Mubarak e Júlio Mandel, o Timão sustenta que já possui compromissos pesados, como o financiamento da Neo Química Arena, tributos parcelados e execuções em outras instâncias, incluindo Fifa e a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF.
A administradora judicial responsável, Laspro Consultores, corrobora a posição do clube, destacando em relatório que o endividamento parcelado do Corinthians — somando obrigações trabalhistas, financeiras, desportivas, cíveis, tributárias e relativas ao estádio — compromete 27,4% do faturamento anual.
Base legal e comparações
Segundo os representantes corintianos, a lei da RCE prevê prazo de seis anos prorrogáveis por quatro, totalizando os dez anos solicitados pelo clube. Eles também citam o caso do Santos, que apresentou proposta semelhante, como referência de que a medida está dentro da legalidade.
Outro argumento é que a exigência de repasse mínimo de 20% do faturamento só se aplica a Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), não sendo o caso do Corinthians, que segue como associação civil.
“O Corinthians demonstrou que tem capacidade de pagar os credores nos prazos da lei e que dirige mais de 27% das receitas para isso”, declarou o advogado Júlio Mandel.
Credores contrários e total da dívida
Entre os credores que se opuseram ao plano corintiano estão os empresários André Cury e Walter Caetano, além da casa de apostas Pixbet. O clube pediu à Justiça que sejam marcadas audiências de conciliação com esses grupos.
No total, o RCE corintiano reúne mais de R$ 367 milhões em dívidas, sendo que R$ 190 milhões já estão em processos de execução judicial.
Para acompanhar todos os bastidores da política, finanças e futebol do Corinthians, continue acessando o InfoTimão — sua casa de informação sobre o clube do povo.













Comentários