InfoTimão Análises: a evolução defensiva do Corinthians de Dorival Júnior
- Redação InfoTimão

- 15 de set.
- 3 min de leitura
Atualizado: 15 de set.

A vitória por 1 a 0 do Corinthians sobre o Fluminense, no último sábado (13), no Maracanã, trouxe muito mais do que três pontos no Brasileirão 2025. Mesmo desfalcado e com improvisações, o time de Dorival Júnior voltou a mostrar que a consistência defensiva se tornou um diferencial desde a chegada do treinador em abril.
Desfalques e improvisações no Maracanã
O Corinthians entrou em campo diante do Fluminense com um elenco bastante limitado. As baixas de nomes importantes como Memphis Depay, Rodrigo Garro, José Martínez, Breno Bidon e Raniele obrigaram Dorival a encontrar soluções alternativas.
O resultado foi a utilização de três laterais-esquerdos em funções diferentes:
Fabrizio Angileri atuou como zagueiro;
Matheus Bidu foi deslocado para ala;
Hugo ressurgiu como volante na reta final.
Com um meio de campo enfraquecido e sem poder de criação, o Corinthians sofreu ofensivamente. Maycon e Vitinho não conseguiram cumprir o papel de Garro na armação, e mesmo com as entradas de Talles Magno e Yuri Alberto, o time produziu pouco no ataque.
Estratégia defensiva: o ponto alto do Corinthians de Dorival

Se o setor criativo não funcionou, a defesa foi determinante. Nos últimos quatro jogos, o Timão sofreu apenas um gol. No Maracanã, o time começou postado em um 5-4-1 sem a bola, pressionando alto e neutralizando o Fluminense.
Na etapa final, Dorival ajustou para um 4-1-4-1, reforçando o meio de campo. Talles e Romero recuaram bastante para ajudar na recomposição, e o resultado foi um Fluminense com pouca capacidade de furar o bloqueio alvinegro.
Os números da evolução defensiva
A solidez defensiva do Corinthians de Dorival Júnior não se resume a uma boa fase. Em 26 jogos sob o comando do técnico, o time terminou 13 partidas sem sofrer gols, praticamente metade do total. Foram 20 gols sofridos nesse período, uma média de apenas 0,77 por jogo.
O contraste com o período anterior, com Ramón Díaz, é evidente: em 25 partidas, o time sofreu 26 gols (média de 1,04 por jogo) e só terminou seis vezes sem ser vazado.
Nos torneios eliminatórios, o efeito é ainda mais claro. Nos seis jogos da Copa do Brasil 2025 até aqui — contra Novorizontino, Athletico-PR e Palmeiras —, o Corinthians não levou nenhum gol. Esse dado explica a força da equipe em confrontos decisivos.
Comparação com Ramón Díaz
Embora o aproveitamento de pontos com Dorival (56,41%) seja inferior ao de Ramón (65,33%), a consistência defensiva mudou o perfil do time. Se antes o Corinthians dependia de marcar mais do que sofria, agora consegue controlar jogos mesmo quando cria pouco.
Enquanto Ramón entregava média de 1,48 gol marcado por jogo, contra 1,08 de Dorival, a atual versão alvinegra é mais equilibrada e segura atrás — um aspecto crucial em mata-matas e na luta por subir na tabela do Brasileirão.
Situação no Brasileirão e perspectivas
Com a vitória sobre o Fluminense, o Corinthians começa a se afastar da zona de rebaixamento e mira objetivos maiores. O time está a seis pontos do G-6, embora ainda tenha jogos a mais que alguns concorrentes diretos.
A prioridade é clara: com as semifinais da Copa do Brasil ainda distantes, o foco precisa ser total no Brasileirão. E se a defesa mantiver o nível atual, o Timão pode sonhar com voos mais altos em 2025.
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Belíssima análise!